sexta-feira, 12 de junho de 2015

A VERDADE, SEJA ELA GRANDE OU PEQUENA, MUDA? ®

 Nesta segunda reflexão que pretendo propor a você, TJ que entende que 1Ts.5:21 lhe é aplicável (razão pela qual você está lendo este artigo), tem relação com o primeiro artigo e de certa forma é uma continuação dele.

- No artigo anterior a última citação de Sentinela que fiz foi:

Sem conhecimento exato podemos ser enlaçados por ensinos falsos promovidos pelo opositor de Deus, Satanás, o Diabo, que é “mentiroso e o pai da mentira”. (João 8:44) Portanto, se certa doutrina contradiz a Palavra de Deus, se é uma mentira, então, crer nela e ensiná-la desacredita a Jeová e nos coloca em oposição a ele. Assim, temos de examinar cuidadosamente as Escrituras Sagradas para saber distinguir entre a verdade e a falsidade. (Atos 17:11) NÃO QUEREMOS SER COMO OS QUE ESTÃO “SEMPRE APRENDENDO, CONTUDO, NUNCA PODENDO CHEGAR A UM CONHECIMENTO EXATO DA VERDADE”. — 2 Timóteo 3:1, 7.
1/6/1988 p. 15, § 2o

OBS - Notem que as TJ não querem ser como aqueles que estão sempre aprendendo mas que, não obstante, nunca conseguem chegar a ter a exata verdade
Mas será que, realmente, não são?

Você deve ter notado que a REALIDADE afirmada na citação acima é, no mínimo, paradoxal com a “doutrina da iluminação progressiva”, pelo menos  para as TJ, o crescimento no conhecimento da verdade, em última análise, não se dá de forma individual, *na busca de respostas diretamente na própria Bíblia, mas sim, por intermédio do estudo das Sentinela.
*OBS - Importante destacar que não estou afirmando que as TJ nunca procuram consultar diretamente a Bíblia para obter respostas as suas questões (note o termo em negrito acima – “em última análise”) mas apenas que terá sempre que entender como verdade a última “luz” recebida e que permanece vigente sobre cada tema bíblico.

A TJ que desconhece algum aspecto da verdade não precisa (e nem é conveniente) ir diretamente a Bíblia, basta pesquisar na literatura da Sociedade pois, se aquele aspecto da verdade que desconhece já contar com uma “luz vigente” ele estará “esperando pela TJ” em alguma página de alguma Sentinela, bastará pesquisar, encontrar, ler e concluir:

“Ah! Então é essa a verdade neste ponto” (não é conveniente ir direto a Bíblia pois, se a TJ chegar a uma conclusão diversa daquela que é considerada “a verdade” naquele tema, assim que souber disso terá que aderir ao ensino oficial - pelo menos enquanto ele estiver vigente).

Sobre este (no mínimo) paradoxo entre 2 Tm. 3:1-7 e aquilo que as TJ ensinam com base em Pv. 4:18 (tomando por correto tal ensino) em 1966 um leitor da Sentinela residente nos Estados Unidos enviou para a STV uma pergunta muito pertinente sendo que o objetivo neste novo artigo é considerar a pergunta feita e a resposta dada.

TRANSCRIÇÃO DA INTEGRA DA QUESTÃO COM COMENTÁ-RIOS

“Às vêzes há mudanças nos conceitos sobre assuntos bíblicos considerados nas publicações da Sociedade Torre de Vigia. Falamos daquilo em que cremos como sendo “a verdade” mas será que a verdade muda?” W.P.,EUA.
A grafia de todas as transcrições serão
mantida como se encontram na
Sentinela de 15/12/66 pp. 760-761

Esta questão, certamente, foi enviada por uma TJ (o que se pode concluir pelo trecho: “falamos daquilo em que cremos”) e a fez, certamente, por ter notado que certos pontos aquilo que já havia defendido como uma verdade bíblica - mudou com o passar do tempo.

A fim de que possamos notar se a resposta que vai se seguir, realmente, foi um “sim” ou um “não” é importante perceber bem o todo que compõem a questão e neste sentido a primeira percepção importante é que a transcrição acima contêm:

- DUAS AFIRMAÇÕES:

1 - Às vêzes há mudanças nos conceitos sobre assuntos bíblicos considerados nas publicações da Sociedade Torre de Vigia.

2 - Falamos daquilo em que cremos como sendo “a verdade”...
 e uma

- PERGUNTA: “mas será que a verdade muda?

NOTAR QUE:

- O leitor não perguntou se tem havido mudanças naquilo que têm sido publicado, ISSO ELE AFIRMA e também não se preocupa em diferençar se tais mudanças se dão em pontos maiores ou menores. O que afirma é que com o tempo pontos considerados - verdades bíblicas – mudaram (e na resposta se irá confirmar que isso realmente ocorreu).

- O leitor (pelo menos no momento em que fez a pergunta) cria que o
conjunto de ensinos que aprendeu na Sentinela constituía – a verdade  mas que diante de uma constatação inegável passou a ter dificuldades de continuar afirmando que entendimentos que mudaram com o passar do tempo eram – a verdade – ao menos que a verdade mude e por isso pergunta, coerentemente:
“...mas será que a verdade muda?”

Vejamos a reposta da STV separando-a em trechos:
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"Realmente é a Bíblia que fala de crenças que estão em harmonia com as Escrituras como sendo “a verdade”. Em 2 Pedro 2:2, a adoração baseada em tais crenças é chamada de “o caminho da verdade”. Todavia, a respeito dêsse caminho da verdade, lemos em Provérbios 4:18: “A vereda dos justos é com a luz brilhante, que se torna cada vez mais clara, até o dia ficar firmemente estabelecido.” Assim, não sabemos tudo o que se deve saber."
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Inicio chamando a atenção para a forma inteligente com a resposta começa:

Era óbvio que nesta resposta não poderia faltar a menção a Pv. 4:18 e para introduzir esta passagem bíblica o texto inicia relembrando o texto de 2 Pedro que contêm a palavra “caminho” a fim de “linkar” com o termo “caminho” (vereda) que aparece em Provérbios.

         OBS - Se você ler o texto de 2a Pedro verá o mesmo nada fala sobre ADORAÇÃO BASEADA EM ALGUMA CRENÇA (o texto se quer  tem a palavra – adoração) o que se diz ali é que pelo ensino de falsos mestres que iriam surgir com ensinos errôneos muitos iriam acabar confundindo a verdade com a mentira e com isso acabariam falando mal (ultrajando, segundo o texto) a própria verdade (ou caminho da verdade, como está no texto) e, consequentemente, de seus seguidores.

         Porém, de importante mesmo neste primeiro trecho da resposta da STV é relembrar que quando o texto afirma “não sabemos tudo o que se deve saber” o sujeito oculto -  “nós” - não pode (como seria natural) ser entendido como – cada TJ, individualmente.

Como já alertei no início, em última análise este “nós” tem que ser entendido como “o corpo governante das TJ”. O que este Corpo Governante, eventualmente, não souber - a TJ não poderá dizer que sabe. Se estes dirigentes afirmarem que passaram a saber algo que não sabiam, as TJ em todo o mundo também passarão a dizer que agora sabem e se estes homens disserem que algo (uma verdade bíblica qualquer) que se sabia como sendo “Sim” agora deve ser entendida como “Não”, todas as TJ passarão a afirmar “não” como sendo uma - verdade bíblica. (veremos exemplos disso mais abaixo)

Continuando é afirmado que:
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"Com efeito, até mesmo quando começar o sistema de coisas depois do Armagedom não saberemos tudo. Por toda a eternidade sempre haverá o que aprender. Isto é indicado pelo que Paulo escreveu em Romanos 11 :33 : ´6 profundidade das riquezas, e da sabedoria, e do conhecimento de Deus! Quão inescrutáveis são os seus julgamentos a além de pesquisa sito os seus caminhos!´" 
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Aquilo que se afirma neste trecho foge completamente daquilo que se está buscando responder, afinal, a pergunta feita não foi se sempre haverá coisas NOVAS (portanto, antes desconhecidas) a aprender, mas sim, se aquilo que já se sabe e se chama de – a verdade – pode mudar sem deixar de ser - a verdade.

         O texto bíblico citado em apoio também em nada ajuda na resposta, pois o que indica é que o ser humano, por mais que pesquise, nunca vai conseguir conhecer a profundidade: das riquezas de Deus, da sabedoria de Deus, do conhecimento de Deus e nunca vai entender os julgamentos de Deus e os caminhos de Deus.  (certamente a mente criada nunca terá condições da ”alcançar” a “mente” que a criou)

OBS – Realmente foi muito infeliz a escolha do texto bíblico, pois, em relação ao tema que o mesmo traz (conhecer tudo o que há a conhecer sobre Deus), qualquer mente humana estará:

sempre aprendendo, contudo, nunca podendo chegar a um conhecimento exato da verdade.” 2Tm. 3:7

Aspecto importante que não podemos esquecer jamais é que o “não saberemos tudo” (expressão usado no trecho ora considerado), tem a ver, em primeiríssimo plano, não com cada TJ individualmente, mas sim, com o Corpo Governante das TJ, assim, se o texto de Rm. 11:33 se aplica “ao canal de comunicação de Deus” quanto mais se aplicará a quem depende de tal canal para saber no que deve crer sobre Deus e sobre qualquer outro tema bíblico!

Continuando, vou repetir o texto bíblico imediatamente anterior ao próximo trecho considerado a fim de não perder o contexto:
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"em Romanos 11:33: "6 profundidade das riquezas, e da sabedoria, e do conhecimento de Deus 1 Quão inescrutáveis são os seus julgamentos a além de pesquisa são os seus caminhos !" É de se esperar, então, que às vézes haja mudanças de conceito. Nossa crença básica pode ser sólida verdade bíblica, mas talvez haja pormenores que não compreendíamos inteiramente no passado. Com o tempo, com a ajuda do espírito de Jeová, obtemos o esclarecimento sobre tais assuntos."
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A afirmação inicial deste trecho: “É de se esperar, então, que às vezes haja mudanças de Conceito” em si, tem uma falha evidente, porém, desejada pelo escritor da resposta!

Note: O termo “então” indica “conclusão” e quer trazer à mente do leitor a pergunta:
“Com base em Rm.11:33, o que se conclui, então?”

A resposta natural seria: o ser humano nunca terá condições de conhecer tudo o que há para conhecer sobre - Deus. (está é a conclusão baseada no citado texto de Romanos).

Mas não é a essa conclusão que se deseja indicar, o que se deseja é que esta verdade expressa em Romanos (sobre Deus – sobre quem nunca vamos aprender tudo o que há para aprender) seja encarado como algo válido para todo o resto, para tudo que compõem o - conjunto verdades bíblicas! (e como se verá mais abaixo, quando forem citados exemplos, eles nada terão a ver com mudanças de percepção sobre Deus).

OBS - Se a verdade expressa no texto bíblico citado fosse (como deveria ser) o real contexto para todo o restante da afirmação, então: a compreensão de Deus seria “sólida verdade bíblica” e apenas alguns pormenores (sobre Deus) não seriam conhecidos mas, inclusive estes, com o passar do tempo, já estariam esclarecidos – o que nega por inteiro Rm. 11:33! (leia novamente o trecho acima e veja se não é essa a conclusão).

Se é verdade que qualquer conhecimento baseado na Bíblia se assemelha ao conhecimento que temos sobre Deus, então, sobre toda e qualquer verdade bíblica estaremos:

sempre aprendendo, contudo, nunca podendo chegar a um conhecimento exato da verdade.” 2Tm. 3:7

algo que o trecho da Sentinela, citada no início, afirma que as TJ não
querem ser.

Na teoria não é isso o que as TJ querem mas na pratica é exatamente assim que é, afinal, qualquer conhecimento bíblico pode, a qualquer momento, ser alterado e isso leva o Corpo Governante (e a reboque - todas as TJ) a estarem sempre aprendendo mas nunca podendo chegar a conhecimento exato algum!

Vejamos agora os exemplos que serão citados (que, é bom ressaltar, o escritor da resposta teve liberdade para escolher e narrar, na medida do julgou conveniente).
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"Por exemplo, há alguns anos atrás tivemos uma excelente série de artigos em .4 Sentinela sobre as "autoridades superiores". (Exemplares de 1° de junho — 1.° de julho de 1963) Antes de tais artigos serem publicados, sabíamos e ensinávamos que Jeová é o Altíssimo, e que Jesus Cristo é o segundo depois Dêle em poder e autoridade. Sabíamos que devíamos ser pessoas acatadoras da lei, mas que, quando houvesse conflito entre a lei do homem e a de Deus, obedeceríamos a Deus como governante antes que aos homens. Tais verdades básicas são atualmente as mesmas que antes ; não mudaram. No entanto, pelo cuidadoso escrutínio das Escrituras, viemos a avaliar que certos textos bíblicos deveriam ser aplicados de forma diferente. Por exemplo, compreendemos que as "autoridades superiores" mencionadas em Romanos 13:1 são, não Jeová Deus e Jesus Cristo, mas os governantes políticos. Isso também se dá com Tito 3:1 e 1 Pedro 2 :13, 14. Todavia, a verdade básica não mudou. Nosso conceito para com Deus e para com o Estado é o mesmo que antes."
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Este primeiro exemplo (em especial por ter sido precariamente narrado) ilustra muito bem a ideia que se quer defender, ou seja:

Conceito bíblico -  Importa obedecer antes a Deus do que aos homens, logo, se houver conflito entre aquilo que o homem ordena e aquilo que Deus ordena faremos o que Deus ordena. Se não houver conflito, devemos fazer o que o homem (as autoridades) ordenam.

Pormenor – Paulo, ao mencionar as “autoridades superiores” (Rom. 13:1), estava se referindo a Jeová e Jesus Cristo ou aos governantes humanos?

No pormenor o conceito pode variar mas, seja qual for o entendimento, o conceito bíblico sobre a quem se submeter quando ocorrer conflito entre a autoridade divina e secular permanece o mesma.

OBS – Poderia escrever várias linhas para narrar mais completamente esta questão que envolve as “autoridades superiores” do texto de Romanos, porém (já deixando uma brecha para um futuro artigo), faço apenas uma citação para comprovar que o tema foi restritamente narrado na resposta que estamos analisando a fim de parecer um tema secundário e de pouco valor, porém, a verdade é que há implicações seríssimas como base nesta questão. Note:

Na época em vigeu o entendimento (absurdamente incorreto) de que Rm.13:1 se refere a Jeová e a Jesus Cristo, a crença de que, na verdade, o texto se refere aos governantes humanos (exatamente o que você TJ que está lendo este texto - corretamente – defende hoje) foi descartada com uma argumentação tão veemente e estou certo que nenhuma TJ daquela época poderia se quer sonhar que as TJ poderiam voltar a defender que Paulo estava se referindo a  governantes humanos - como sendo uma verdade bíblica!

Note que argumentação “pesada” é usada no livro – “TJ no Propósito Divino” p. 91, para descartar que, ali, Paulo estava falando sobre governos humanos (quem estiver interessado na íntegra deste livro, o poderá encontrar em formato pdf no link:

Comentando sobre o trabalho de pregação da STV após a primeira grande guerra afirma: 

When the Society began to be freed for further preaching work following World War I, they soon realized they had been held in spiritual bondage too in many ways. There were many false doctrines and practices that had not yet been cleaned out of the organization . Not all of them were recognized at once, but gradually over the years that followed it became evident to what extent the brothers had been in Babylonish captivity at that time . With considerable misunderstanding they had accepted earthly political governments as the "superior authorities" that God had ordained according to Romans 13 :1 ; and as a result the Witnesses had been held in fear of man, particularly the civil rulers .


Tradução Livre:

... eles logo perceberam que de várias maneiras estiveram presos a um cativeiro espiritual. Havia muitas falsas doutrinas e práticas das quais a organização ainda não estava limpa. Nem todas estas doutrinas e práticas falsas foram reconhecidas de uma só vez mas gradualmente, ao longo dos anos que se seguiram, se tornou evidente em que medida os irmãos estavam em um cativeiro babilônico naquele tempo. Com considerável engano eles tinham aceito governos políticos terrenos como as "autoridades superiores” que Deus ordenou de acordo com Romanos 13: 1; e como resultado as Testemunhas de Jeová tiveram medo do homem, especialmente dos governantes. 

Perceberam? Crer que Rm.13:1 se refere a governos humanos é crer na falsidade, é crer em um ensino falso que localiza quem nele acredita como vivendo em um cativeiro babilônico (na linguagem das TJ isso significa crer em um ensino pregado pela religião falsa), por fim, é crer em um considerável engano que as TJ abandonaram  por terem deixando práticas e doutrinas da religião falsa ao longo do tempo! (como uma TJ que leu as palavras deste livro à época – e creu nela como sendo uma urgentíssima verdade bíblica a ser conhecida - poderia imaginar que algum dia as TJ voltariam a ensinar que  Rm.13:1 se refere a governantes humanos?)

Creio que isso é suficiente para comprovar, conforme afirmei, que o tema baseado em Rm.13:1 foi muito superficialmente narrado na resposta que estamos analisando e que diante da gravidade que envolve a mudança de entendimento sobre quem são as “autoridades superiores” de Rm.13:1 afirmar que embora com esta variação de entendimento a verdade sobre a sujeição relativa não mudou, em nada diminui a importância e o dilema que esta questão continua gerando, afinal, se o abandono ao entendimento de Rm.13:1 se refere aos governantes humanos foi encarado como sinal claro de libertação do ensino falso para avançar no conhecimento da exata verdade bíblica, o retorno a tal crença significa o que? (ficou claro que esta questão envolvendo o texto de Romanos é gravíssima?)

 Vejamos mais da resposta:
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"Similarmente se deu com nosso estudo da res-surreição. Críamos na ressurreição dos mortos antes de nossa série de artigos da Sentinela (exemplares de 15 de julho — 1.° de outubro de 1965) sobre o assunto, e cremos nisso agora. Também criamos que 144.000 pessoas seriam ressuscitadas para a vida celeste com Cristo. Criamos que muitas pessoas mais seriam ressuscitadas quais humanos ; que algumas dentre elas seriam pessoas que serviram fielmente a Deus no passado, e que outras seriam as que tinham vivido 'injustamente'. Críamos também que uma grande obra educativa ocorreria quando fôssem ressuscitadas. Tais verdades não mudaram. Mas, agora entendemos que, segundo as Escrituras, muitas pessoas mais hão de retornar  do que esperávamos. Assim, ao invés de pormos de lado a verdade da ressurreição, esta foi ampliada, e nossa apreciação do amor e da misericórdia de Jeová em prover a ressurreição foi realçada." 
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Poderia escrever muito sobre cada um destes exemplos a fim de demonstrar, como fiz com a questão das autoridades superiores, que estes entendimentos modificados de pontos (ditos) menores, que não alteraram as respectivas crenças centrais a eles vinculadas têm, na verdade, seríssimas implicações e desdobramentos, mas como não é esse o objetivo deste artigo não vou assim fazer, então continuemos:
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"Isto esta em contraste direto com o que ocorreu entre certos homens a respeito de quem Paulo escreveu a Timóteo, conforme registrado em 2 Timóteo 2:18: "Estes mesmos [homens] se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição já, ocorreu; e estão subvertendo a fé que alguns têm." Tais homens não mais tinham nenhuma esperança na ressurreição; criam que já se achava no passado tudo o relacionado com ela. Mas, estavam pondo de lado a verdade que Jesus ensinara." 
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Estou certo que se o escritor desta resposta tivesse revelado que
Charles Taze Russell, que iniciou o movimento que veio a se transformar nas atuais TJ, cometeu o mesmíssimo erro que os homens que o Ap. Paulo mencionou (Russell, em seu tempo, também veio a defender – e defender como “verdade bíblica” - que a ressurreição já havia ocorrido) teria evitado este exemplo pois, se aqueles homens citados por Paulo, ao ensinarem tal coisa, se desviaram da verdade que Jesus ensinara, Russell também “se desviou da verdade que Jesus ensinara” quando ensinou o mesmo que eles!
Mas sobre Russell o que a STV afirma é algo bem diferente como, por exemplo, na Sentinela de 15/8/14 p. 31:

“EURECA!” Essa palavra significa “descobri”. Durante a corrida do ouro do século 19 na Califórnia, EUA, mineradores gritavam essa palavra ao encontrar ouro. Mas Charles Taze Russell e outros Estudantes da Bíblia haviam descoberto algo muito mais valioso: a verdade bíblica. E seu desejo era falar dela a outros.

Tire suas conclusões!

Por fim:
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"Semelhantemente, na cristandade tem havido mudanças de conceito; mas respeitam a Bíblia como sendo mito e põem de lado seu código moral como estando ultrapassado."
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A observação inicial sobre a Cristandade é intrigante, pois, parece querer indicar que não são só as TJ que mudam de conceito, as pessoas da Cristandade também o fazem (portanto, não podem querer criticar as TJ por suas mudanças). Mas se a Cristandade faz de forma semelhante as TJ (muda de conceito no secundário mas mantém o principal) e a resposta acabou de defender que tais mudanças não são problemáticas para as TJ, também não o são para a Cristandade (não é isso que a desqualifica).

O restante da afirmação sobre aquilo que chama de Cristandade, como toda a generalização, é perigosa e neste caso restou bastante injusta e, posso afirmar, falsa, pois, é doutrina histórica das “igrejas da cristandade” que a Bíblia é a inerrante palavra de Deus e é regra de fé e prática (basta que uma única TJ  - que pode ser você que está lendo este texto - conheça uma única pessoa da cristandade que não tem a bíblia por mito e que segue o código de moral da bíblia, para ficar comprovado que a generalização acima é falsa).

 "Que tremenda diferença entre o que ocorre entre eles e o que Jeová faz em favor de seu povo, a fim de harmonizar ainda mais o nosso modo de pensar com a sua inspirada Palavra da verdade!" 

Não vou me prender à diferenciação que o texto quer indicar mas sim no fato de que, neste final, se afirma que o responsável por fazer as TJ irem progredindo no conhecimento da inspirada palavra da verdade (da forma com tem ocorrido ao longo dos anos na STV) é o próprio Jeová (e isso é muito sério – embora totalmente lógico e necessário dentro daquilo que as TJ ensinam).

Notem a "sinuca de bico" em que ficam as TJ nesta questão de Rm. 13: 

Segundo alegou a STV foi o próprio Jeová quem as conduziu a deixarem o errôneo entendimento original (que identificava como sendo os governos humanos, aqueles mencionados em Rm.13:1) para passarem a entender que tal governo se refere a Ele próprio e a Jesus, sendo que ao assim fazer Jeová estava limpando e distanciando seu povo do cativeiro espiritual babilônico. 

Ocorre que este mesmo Jeová também foi o responsável por fazer você,  TJ (via Corpo Governante), a voltar a acreditar em ensino que indica (no ponto de vista da publicação citada) em uma doutrina errada que coloca as TJ como estando sujos do cativeiro babilônico! 

Você realmente acredita que Jeová  reconduziria o CG, você e as toda as demais TJ para tal estado?

CONCLUINDO – A TJ que fez a pergunta que analisamos deve ter ficado bastante decepcionada com a resposta porque ela, no fundo, afirma que  dentre o conjunto de verdades que as TJ defendem usando a Bíblia existem aquelas (ainda que, supostamente,  secundárias) que mudam sim!

         Aqui tenho que voltar a chamar a atenção para o título da capa do livro reproduzido no primeiro artigo deste Blog: “O Que a Bíblia Realmente Ensina?”: será que tal livro, ao menos em relação às "verdades menores" que contêm, alerta aos leitores que, não obstante o título constante da capa, nem tudo o que nele está escrito pode ser, realmente, o que a Bíblia realmente ensina?

Não o livro não faz isso e nem poderia fazer pois, isso seria uma negação ao título dado ao livro!

E você TJ que está lendo este artigo? Passará a ter a honestidade de ressaltar às pessoas que encontrar em seu serviço de campo ou nos estudos domiciliares que conduzir que existem verdades “menores” de sua fé que podem ser verdadeiras ou não?

Seu trabalho de pregação não é (ou pelo menos não deveria ser) para agradar a homens mas sim a Deus e certamente, Ele não se agradará de que você, após alertado, continue ensinando coisas como sendo – aquilo que a Bíblia realmente ensina – quando sabe que tais coisas podem, sejam elas grandes ou pequenas, mudar a qualquer momento!

TJ – A verdade, seja ela “grande” ou “pequena” – não muda nunca pois:

Toda boa dádiva e todo presente perfeito vem de cima, pois desce do Pai das luzes [celestiais], com quem não há variação da virada da sombra” (Tg. 1:17)

Pense nisso: se quem manda a “luz” para o Corpo Governante é Jeová (como reivindica o CG) então a verdade que Dele vem, “seja grande ou pequena” tem que ser assim como Ele é – perfeita e imutável.
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Escreva para mim - 1tessalonicenses5.21@gmail.com (desde já - agradeço).

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