sexta-feira, 17 de julho de 2015

CRITICANDO A SEMELHANÇA – A AUTORIDADE DO PAPA E DO CORPO GOVERNANTE ®

  
 Continuando a série de artigos, sem mudar de tema, neste proponho tratar de um dogma católico que o CG critica, para depois tratar de um ensino do CG (que, na prática, produz o mesmo efeito que o dogma católico deveria produzir) e termino demonstrando que a crítica do CG ao dogma católico lhe é perfeitamente aplicável.

As TJ consideram a Igreja Católica e toda e qualquer outra religião, com exceção de uma (você leitor pode imaginar qual é a exceção), como aquilo que chamam de “Babilônia A Grande”, termo retirado da Bíblia e que se refere, segundo afirmam, ao império mundial da falsa religião - que também chamam de “cristandade”.

Não obstante colocar todas as religiões no mesmo “pacote” as TJ têm um desafeto especial para Igreja Católica.

Um exemplo disso pode ser visto no seguinte trecho de uma revista Despertai, quando um leitor escreveu a seguinte crítica após ler uma série de artigos publicados em uma Despertai onde a Igreja Católica e a figura do Papa teriam sido desrespeitadas:
Ficaram muito contentes, não é? Não puderam resistir à tentação de criticar a Igreja Católica, não é mesmo? Jamais os perdoarei pela forma como destroçaram sem misericórdia o Papa. Se as Testemunhas de Jeová precisam recorrer a críticas baixas na tentativa de derrubar outras religiões, elas estão em maiores dificuldades do que os católicos.
M. C., Flórida, EUA
A resposta que as TJ deram a isso foi:
Certamente não estamos tentando fazer críticas baixas ao papa ou à Igreja Católica, nem estamos criticando os católicos. A Igreja Católica ocupa posição muitíssimo significativa no mundo, e afirma ser o caminho da salvação para centenas de milhões de pessoas. Qualquer organização que assuma tal posição deve estar disposta a ser esmiuçada e criticada. Todos que criticam têm a obrigação de ser verdadeiros na apresentação dos fatos, e justos e objetivos na avaliação dos mesmos. Em ambos os sentidos, tentamos viver de acordo com tal obrigação
Despertai 22/12/84 p. 28

OBS – Embora não seja o tema aqui, devo destacar a seguinte semelhança entre a Igreja  Católica e as TJ: Embora as TJ não ocupem, comparativamente, uma posição tão significativa no mundo, também afirmam ser o caminho da salvação, não para centenas de milhões de pessoas, mas para todas as que vão ser salvas (pelo menos para todas aquelas nascidas após o início do movimento que se tornou as atuais TJ e que dele tiveram conhecimento), como se vê abaixo:

18 ...embora o testemunho dado agora ainda inclua o convite de vir à organização de Jeová para a salvação, sem dúvida virá o tempo em que a mensagem assumirá um tom mais duro, igual a um “grande grito de guerra”
S. 15/7/82 p. 21 p. 18

Sendo assim as TJ, que assim como a Igreja Católica também assume “...tal posição...” também devem estar dispostas “...a ser esmiuçada e criticada...(e este “blogueiro”, assim como o CG, não está criticando as TJ, mas sim, ao CG e aquilo que consegue incutir na mente das TJ e, neste mister, sempre procurando ser verdadeiro “...na apresentação dos fatos...”, e justo e objetivo “...na avaliação dos mesmos”.)

            Mas, voltando ao objetivo deste artigo, pretendo analisar a crítica das TJ ao ensino católico da Infalibilidade do Papal, mas antes disso uma rápida definição do dogma:

A infalibilidade se exerce quando o Romano Pontífice, em virtude da sua autoridade de supremo Pastor da Igreja, ou o Colégio Episcopal em comunhão com o Papa, sobretudo reunido num Concílio Ecumênico, proclamam com ato definitivo uma doutrina referente à fé ou à moral, e também quando o Papa e os bispos, em seu Magistério ordinário concordam em propor uma doutrina como definida. A esses ensinamentos todo fiel deve aderir com o obséquio da fé" (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, nº. 185).

            Em outras palavras (e centrando apenas na figura do Papa pois, como se vê acima, a infalibilidade é extensiva a outros clérigos), embora o Papa enquanto humano seja falível, quando fala na condição de sucessor do Apóstolo Pedro (para indicar esta condição é usada a expressão latina “ex cathedra”), sobre questões de fé, moral e doutrina, Deus retira do Papa a possibilidade de falhar a fim de manter a correção daquilo que anunciar.

            Sendo assim, os católicos podem ter segurança nos ensinos que vêm do Papa, quando fala “ex cathedra” e, na prática, podem e devem praticar os ensinos recebidos de tal fonte, afinal, tais ensinos tornam-se uma ordenança (mais) atual de Deus para os católicos.

            Na prática, porém, muitos católicos (em especial aqueles que se dizem - católicos passivos) não atendem aos ensinos do Papa e da Igreja (haja visto, por exemplo, o uso de métodos anticoncepcionais por católicos) e até mesmo muitos padres acabam não observando o celibato, logo, a garantia de um ensino recebido de Deus que não sofre qualquer interferência de erro humano, não garante, na prática, plena aceitação e, principalmente, não motiva o cumprimento por todos os Católicos.

            Como a Igreja Católica, até em razão de sua longa história, tem uma longa lista de erros cometidos, surge a necessidade de se criar uma forma de se justificar tais erros a fim de manter íntegro o dogma da infalibilidade do Papa.

            A forma encontrada pelos católicos é (com razão) bastante questionável e o CG “compra” críticas feitas por certos escritores católicos para condenar o dogma, afirmando que a explicação gera uma situação sem perdas, nos seguintes termos:

Situação sem Perdas
Esta fórmula, que muitas pessoas têm dificuldade de entender, é também imprecisa, de acordo com certo teólogo alemão, o falecido August Bernhard Hasler. Ele mencionou a “imprecisão” e “indeterminação” da expressão ex cathedra, dizendo que “quase nunca se pode dizer quais as decisões que devem ser consideradas infalíveis”. Segundo outro teólogo, Heinrich Fries, esta fórmula é “ambígua”, enquanto Joseph Ratzinger [que veio a ser tornar  Papa Bento XVI] admitiu que o assunto tinha dado origem a uma “controvérsia complicada”.
Hasler sustentava que “a imprecisão dos conceitos” permite tanto uma aplicação extensiva do dogma, a fim de ampliar o poder do papa, como uma interpretação mais limitada, de modo que a pessoa, quando confrontada com ensinos errados do passado, sempre possa apoiar a afirmação de que estes não eram parte do chamado “magistério” infalível. Em outras palavras, é uma situação em que “se der cara eu ganho, se der coroa você perde”.
Despertai 8/2/89, p. 4

A crítica é bem colocada e um exemplo prático demonstra isso: Imaginemos uma TJ citando para um católico o seguinte fato histórico:
7 Os esforços para reprimir a divulgação do conhecimento bíblico assumiram também outras formas. Quando o latim deixou de ser a língua do dia-a-dia, não foram os governantes pagãos, mas professos cristãos — o Papa Gregório VII (1073-85) e o Papa Inocêncio III (1198-1216) — que se opuseram ativamente à tradução da Bíblia para as línguas usadas pelo povo comum.
S. 1/10/97 p. 11-12, par. 7
para, logo após, perguntar:

 – Se os Papas são infalíveis, como foi possível dois Papas terem se esforçado para evitar que a Bíblia fosse de conhecimento do povo?
A reposta será – Ocorre que quando tais Papas assim determinaram, não estavam falando “ex cathedra” logo, não estavam imunes ao erro.
Creio que podemos criar a seguinte regra prática para determinar, com excelente precisão, o que foi e o que não foi afirmado “ex cathedra”:

- Se aquilo que um Papa ensinou foi acertado na teoria e na prática e só produziu bons frutos – então ele falou “ex cathedra”

- Se o Papa afirmou algo que se mostrou falso, biblicamente incorreto e/ou só gerou frutos ruins ao longo dos tempos  – O Papa que assim o fez não falou “ex cathedra”.

            Assim fica fácil! Assim uma situação sem perdas realmente é criada, afinal, não importa se “deu cara ou coroa”, o dogma da infalibilidade fica preservado.

            Agora passo a tratar de uma doutrina do CG que na teoria é diferente da doutrina católica aqui tratada mas que, na prática, gera exatamente aquilo que o dogma da Infalibilidade Papal deveria gerar entre os católicos – plena aceitação, adoção e prática por todos os católicos.

Podemos chamar tal ensino do CG de:

ESCRITOS NÃO INSPIRADOS COM
AUTORIDADE DE ESCRITOS INSPIRADOS

Como pode ser visto ao longo dos artigos já escritos neste Blog, o CG tem uma incrível capacidade de incutir na mente das TJ duas formulações opostas entre si, mas que são aceitas como verdadeiras porque se revezam no papel de “A VERDADE” (aquilo que a Bíblia realmente ensina) conforme exigir cada situação.

A diferença (teórica) entre o ensino do CG e o dogma católico é bem evidente – na medida do necessário (leia-se: raramente), o CG defende (de forma bem expressa e enfática) que não é inspirado, que não é infalível. Exemplo disso:

15 Por causa desta esperança, o “escravo fiel e discreto” tem alertado a todos os do povo de Deus ao sinal dos tempos, indicando a proximidade do governo do Reino de Deus. Neste respeito, porém, é preciso observar que este “escravo fiel e discreto” nunca foi inspirado, nunca foi perfeito. Os escritos feitos por certos membros da classe do “escravo”, que passaram a constituir a parte cristã da Palavra de Deus, foram inspirados e são infalíveis, mas isto não se dá com outros escritos desde então.
S. 1/9/79 p.23, par. 15

            Diante de tal alerta as TJ poderiam (na verdade, deveriam) receber o alimento que vem do CG tendo em mente o que se afirmou na Sentinela:

O alimento recebido não é infalível, pode estar (total ou parcialmente) errado pois vem de homens não inspirados e sujeitos ao erro o tempo todo.

            Assim, deveria existir plena liberdade de discordar de tais ensinos, mas é isso o que ocorre?

       Você, TJ que está lendo este artigo, se sente livre em sua mente (lembrando que a única liberdade absoluta no ser humano é a liberdade de pensar) para discordar dos ensinos do CG?

       E mais que isso, sente liberdade para expor a seus co-irmãos sua discórdia e a defender ponto de vista contrário?

A resposta é óbvia, mas, porque ela é óbvia?

            Você, TJ, sabe muito bem que, se começar não só a pensar, mas também a defender que o CG está errado em determinado ensino, se tornará um sério candidato ao título de APÓSTATA (o que é uma verdadeira ABERRAÇÃO – visto que você pode ser encarado como alguém que perdeu a fé em Jeová por discordar do ERRO!?!) e sabe todas as implicações disso, mas até dentro de sua mente a tendência nunca será de questionar o CG mas sim, irá encarar a “mudança da verdade” como prova de que Deus está refinando o entendimento de seu povo!

            E assim irá pensar porque, por mais que saiba que os ensinos do CG não são inspirados e podem estar errados, você, e todas as demais TJ ao redor do mundo, enxergam nos ensinos do CG A AUTORIDADE DE UM ENSINO INSPIRADO, logo, certo ou errado o ensino deve ser recebido como CERTO (Mt. 24:45) e assim deverá ser encarado, ensinado (como sendo uma verdade bíblica) e praticado até que venha a ser substituído por uma outra verdade, se assim vier a ocorrer!

E aqui concluo este artigo indicando que a (correta) crítica que o CG propaga contra o dogma da Infalibilidade do Papa, quando afirma que sua formulação gera uma “situação sem perdas, dê cara ou coroa” é exatamente o que ocorre quando se enxerga autoridade de ensino inspirado em ensinos não inspirados – O CG sempre estará certo, por mais errado que esteja. Mas vai além disso, o ensino do CG consegue, mesmo com a negação da infalibilidade, aquilo que o dogma católico não consegue pela afirmação dele, isso é – aderência absoluta, prática e o ensino aos outros como se verdade bíblica fosse – aquilo que não se sabe com certeza se é verdade ou não se torna VERDADE BÍBLICA, eterna enquanto durar.  

Encerro relembrando parte da crítica “comprada” pelo CG:

... de modo que a pessoa, quando confrontada com ensinos errados do passado, sempre possa apoiar a afirmação de que estes não eram parte do chamado “magistério” infalível...

e adaptando:
... de modo que a TJ, quando confrontada com ensinos errados do passado, sempre possa apoiar a afirmação de que estes não eram...

(o resto, se na sua mente sobrou algum resquício de liberdade, você conclui).

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sexta-feira, 10 de julho de 2015

ENSINO INSPIRADO E ENSINO GUIADO PELO ESPÍRITO DE JEOVÁ – TÊM A MESMA AUTORIDADE (TJs)? ®


         Continuando esta série sobre “A VERDADE e as TJ” inicio  relatando duas afirmações que já ouvi de TJ várias vezes:

         1 - Se os homens que formam o CG cometeram erros naquilo que escreveram nas publicações da STV, Deus os julgará por tais erros.

         2 - O CG é o “profeta” de Deus, é o Seu canal de comunicação! Serve de prova disso o fato das TJ terem apontado para ano de 1914 como um ano marcado, muito tempo antes de, naquele ano, se iniciar a Primeira Guerra Mundial (algumas das TJ que afirmaram isso, também fizeram a firmação 1, acima)!

         Sem entrar no mérito sobre aquilo que as TJ realmente falavam sobre 1914, antes de 1914, temos que o confronto das duas afirmações acima revela uma  disposição mental de harmonizar verdades opostas entre si, afinal:

- Quando o CG acerta ele é o profeta de Deus para nossos dias, é o único canal de comunicação que Deus usa.

- Quando mostro para as TJ erros gravíssimos do CG e as alerto para o texto de Dt. 18:20-22, este “profeta coletivo” de Deus se dissolve em apenas um grupo de homens que serão julgados por seus erros.

         Por mais que julgue maléfica tal harmonização sou obrigado a reconhecer a grande habilidade que o CG tem de incutir na mente das TJ as condições necessárias para que assim ocorra! Mas, como isso se dá?

- Sugiro a seguinte resposta:

         Embora seja raro, algumas vezes as literaturas da STV afirmam que os homens que compõem o CG não são inspirados e que, em razão disso, pode sobressair o lado humano dos membros que o compõem e com isso o erro é sempre uma possibilidade - como ocorre como todos nós.

Comento dois exemplos disso:

15 Por causa desta esperança, o “escravo fiel e discreto” tem alertado a todos os do povo de Deus ao sinal dos tempos, indicando a proximidade do governo do Reino de Deus. Neste respeito, porém, é preciso observar que este “escravo fiel e discreto” nunca foi inspirado, nunca foi perfeito. Os escritos feitos por certos membros da classe do “escravo”, que passaram a constituir a parte cristã da Palavra de Deus, foram inspirados e são infalíveis, mas isto não se dá com outros escritos desde então.
Onde está escrito que o escravo “nunca foi perfeito” podemos ler – o “Escravo” ERRA.
Já no segundo sublinhado acima reforça que o CG não é inspirado:
A conclusão que as TJ chegam ao lerem o trecho acima, dificilmente será:

– O CG, enquanto grupo de homens falíveis, além do auto proclamado título de “Escravo” de Jeová também é escravo da falibilidade humana 
– O CG ERRA E ESTÁ O TEMPO TODO SUJEITO AO ERRO (no inconsciente isso é aceito mas o consciente não atribui a esta conclusão a relevância, o peso que isso deveria trazer).
  Continuando:

O que foi publicado nos dias de Charles Taze Russell, primeiro presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, dos E. U. A., não era perfeito; nem o que foi publicado nos dias de J. F. Rutherford, o presidente que lhe sucedeu.
O trecho acima não deveria citar apenas um passado muito distante, como fez, deveria afirmar expressamente, que desde Russell, passando por Ruterhford chegando aos dias de hoje e para o futuro (antes de chegar o fim deste sistema de coisas, como dizem as TJ),  NADA MUDARÁ – tudo o que já se escreveu, se escreve e se escreverá, NÃO É PERFEITO, CONTEM ERROS – parciais e/ou totais.
No trecho abaixo o texto ate irá sugerir isso mas de forma muito branda (em especial pelo uso do verbo “exigir” no passado e pela troca do termo “corrigir” pelo termo “ajustar”):
A crescente luz sobre a Palavra de Deus, bem como os fatos da história, exigiram repetidas vezes ajustes de uma espécie ou de outra, até o tempo atual.
Mas será que esta propensão ao erro desqualifica o “escravo”? Vejamos:

"Mas, não nos esqueçamos de que a motivação deste “escravo” sempre foi pura, altruísta; sempre foi bem-intencionada." (...)

OBS – Ao ler o trecho acima, não vem a sua cabeça um certo dito popular sobre boas intenções? 

Continuando:

"Na realidade, quaisquer ajustes que tiveram de ser feitos no entendimento ofereceram a oportunidade para os servidos por este “escravo” mostrarem lealdade e amor, a espécie de amor que distinguiria os seguidores de Jesus, conforme ele disse. (João 13:34, 35; veja 1 Pedro 4:8.) Para os que realmente amam a lei de Deus, não há pedra de tropeço. — Sal. 119:165."
Sentinela - 1/9/79 p.23-24


O trecho acima, com suas (coativas) passagens bíblicas em apoio (coativas dentro do distorcido contexto em que foram utilizadas), querem transmitir a seguinte mensagem:

O alimento que  lhe é servido contem erros que precisam ser corrigidos mas, se você é leal, se você tem amor que identifica seguidores de Jesus, se você realmente ama a lei de Deus, tais erros não serão um problema para você, você não irá se abalar em função deles, afinal, Jeová se utiliza de tal realidade (propagação de erros em seu nome – erros que devem ser pregados e cridos como sendo: aquilo que a Bíblia realmente ensina) para, no momento em que Ele (veja, não o CG, mas sim, o próprio Jeová) prover a correção, saber se você, TJ, é um seguidor de Jesus!?

Mas será que é a essa mensagem (absurda) que os textos bíblicos citados apoiam? Veja:

Jo. 13:34-35: Jesus dá um novo mandamento a seus discípulos – que tenham entre si o mesmo amor que Jesus tem por eles, sendo que esta será a marca que os identificará como seus discípulos.

         Percebe a perversão no uso de tais versos? Jesus afirma que o sinal distintivo de que alguém é Seu seguidor é o fato de amar ao próximo como Jesus ama a todos. O CG afirma que tal sinal distintivo, na verdade, se revela por um outro meio:

- não tropeçar quando se descobre o que o “alimento CERTO no tempo APROPRIADO” distribuído pelo “escravo fiel e discreto” no qual se cria e se ensinava como sendo verdade bíblica, na realidade, era alimento ERRADO e INAPROPRIADO!

         É como se Jesus tivesse afirmado que o sinal de identificação se dá, não exatamente se tiverem amor entre si, mas sim, se tiverem amor cego e incondicional  pelo CG!

E no texto da carta de Pedro (que a Sentinela pede para que o leitor VEJA) temos:

8 Acima de tudo, tende intenso amor uns pelos outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados”

OBS - Será que a multidão de pecados tem a ver com o tanto de alimento falso que o escravo já distribuiu em nome e sob a guia do Espírito de Jeová, como sendo – alimento CERTO no tempo APROPRIADO?

         É o intenso amor ao próximo ou a intensa aceitação de que tudo o que o CG ensina (por mais errado que esteja) que revela um seguidor de Jesus?

O Salmo citado afirma
Paz abundante pertence aos que amam A TUA LEI,
E para eles não há pedra de tropeço

         Mas os ensinos (repleto de erros) do CG são a mesma coisa que: A LEI DE DEUS? Devem tais ensinos ser amados como se leis de Deus fossem???

É esse o paralelo que a Sentinela quis traçar aqui???

É exatamente nisso o que o CG quer que as TJ creiam! Vejamos mais um exemplo:

10 Até hoje, Jeová orienta seu povo progressivamente. (Pro. 4:18) Por meio de seu espírito santo, ele guia “o escravo fiel e discreto”.

Embora esteja expressamente afirmado, creio que é bom enfatizar pois tenho certeza de que a mente das TJ, pelo menos em seu consciente, não capta na afirmação acima a seriedade que nela há:

        - Quem, do surgimento das TJ até hoje, orienta as TJ?

       - (Eu diria QUEM, mas vou usar O que): O que guia o escravo fiel e discreto?

Agora responda a duas novas perguntas e note se sua tendência será mudar a resposta única dada às duas perguntas acima para – “homens falíveis” e “o próprio e  falho entendimento humano”, respectivamente:

– Quando o escravo (que segundo a Bíblia, na interpretação das TJ, fornece alimento CERTO) ERRA, quem é responsável pelo ERRO?

- Quem guia o escravo a fornecer alimento ERRADO, quando isso acontece?

TJ – se sua mente lhe deu as respostas sugeridas (respectivamente - “homens falíveis” e “o próprio e  falho entendimento humano” - ou algo equivalente) é porque sua mente, naturalmente, armazena e harmoniza verdades contraditórias entre si!

O que sua mente aceita é exatamente isso:

- Quando o alimento fornecido é realmente CERTO – Quem o forneceu foi Jeová por intermédio de seu espírito, guiando seu “escravo”.

- Quando o alimento fornecido SE MOSTRA INCORRETO -  Quem forneceu foram imperfeitos homens humanos!

Agora lanço a pergunta final: Sabendo que há erros no conjunto dos ensinos que o CG propaga (algo a que o próprio Jeová guia por intermédio de seu espírito) deve o conjunto de escritos que trazem tais ensinos ser encarado como a mesma autoridade de  ensinos - INSPIRADOS por Deus.

O CG responde:
                                               Sim! É exatamente assim que tudo
 que o CG ensina deve ser encarado.

Dúvidas? Leia abaixo:

(Mat. 24:45) Às vezes podemos receber ajustes em nosso entendimento da Palavra de Deus, ou pode haver mudanças em certos procedimentos organizacionais. Devemos nos perguntar: ‘Como reajo a esses ajustes? 

Sou submisso às orientações do espírito de Deus nesses assuntos?
Livro - Testemunho Cabal p. 71 pr. 10

É isso mesmo, TJ! A autoridade de ENSINOS INSPIRADOS POR JEOVÁ em nada diferem dos ensinos (falhos) do CG – e isso é assim porque tais ensinos falhos, na verdade, são ORIENTAÇÕES do espírito de Jeová!?!

As TJ têm que ser SUBMISSAS os ensinos do CG, mesmo sabendo que este alimento não é (como diz a Bíblia em Mt. 24:45 - sempre) CERTO, afinal, até no ERRO a responsabilidade é de Jeová pois, é Ele quem guia o CG por intermédio de seu espírito santo e assim tem sido ao longo dos anos! Note:

Há 31 anos atrás, em janeiro de 1942, o irmão Rutherford terminou seu serviço terrestre, e foram feitas as necessárias mudanças nos encarregados da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia, EUA, e de outras sociedades que as testemunhas de Jeová utilizam. Os restantes membros do corpo governante das testemunhas de Jeová não ficaram desalentados, mas continuaram a servir fielmente, buscando a vontade de Jeová, e é muito evidente que Jeová, pelo seu espírito santo, tem GUIADO E DIRIGIDO a classe do “escravo fiel e discreto” e tem abençoado seu corpo governante visível até o dia de hoje.
Anuário de 1973 p.250

TJ – não consigo entender como sua mente admite estas coisas. Será que você consegue? (ou será que basta aceitar, não precisa entender?)

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sexta-feira, 3 de julho de 2015

TEMPORÁRIOS ENTENDIMENTOS ERRÔNEOS OU APENAS - A VERDADE - O QUE PROVEM DE JEOVÁ? ®



Isaías 55:
10Pois assim como desce dos céus a chuvada e a neve, e não volta àquele lugar, a menos que realmente sature a terra e a faça produzir e brotar, e se dê de fato semente ao semeador e pão ao comedor,
11assim mostrará ser a minha palavra que sai da minha boca. Não voltará a mim sem resultados, mas certamente fará aquilo em que me agradei e terá êxito certo naquilo para que a enviei.

        Como já afirmei em um outro artigo (desta série sobre - A VERDADE) nunca ouvi e creio que nunca vou ouvir uma TJ afirmando que quaisquer de suas crenças, por mais que sejam defendidas como A VERDADE, na realidade, não passam de VERDADES MUTÁVEIS (a qualquer tempo) e sem limitação de mudanças, até porque, seria um contrassenso se cada TJ, ao terminar de ensinar quaisquer de suas crenças a alguém, concluíssem o momento de ensino afirmando:

         Bem, aquilo que acabei de te ensinar é a VERDADE, É A QUILO QUE A BÍBLIA REALMENTE ENSINA, porém, você deve estar ciente de que esta Verdade Bíblica pode, já a partir da próxima edição da Sentinela, ser total ou parcialmente alterada sendo que, se isso o correr, você deverá abandonar, no todo o em parte, isso que acabei de te ensinar e passar a acreditar na nova verdade bíblica conforme revelar a Sentinela e se, futuramente, uma ou mais Sentinelas trouxerem outras verdades bíblicas sobre esta mesma crença, você deve ir mudando seu entendimento para se conformar ao da Sentinela, afinal, é assim que Deus age com seu povo e quem somos nós para questionar a forma como Deus age?

Tal afirmação seria desastrosa à credibilidade daquilo que se acabou de ensinar, porém, seria absolutamente honesta mas, você, TJ que está lendo este artigo, já afirmou algo semelhante ao terminar de ensinar a alguém alguma de suas crenças?

Sobre este tema, note o que afirma o Livro TJ Proclamadores (grifos acrescidos):

Conceitos doutrinais que precisavam de refinamento.

As Testemunhas de Jeová reconhecem abertamente que o seu entendimento do propósito de Deus TEM PASSADO POR MUITOS AJUSTES A O LONGO DOS ANOS. O fato de que o conhecimento do propósito de Deus progressivo significa que tem de haver mudanças. O propósito de Deus não muda, mas o ESCLARECIMENTO QUE ELE CONTINUAMENTE CONCEDE A SEUS SERVOS exige ajustes no seu ponto de vista.
p.629

Como já destacado em artigo anterior e como acabou de ler acima, segundo as TJ, foi Jeová quem estabeleceu esta forma de ensinar, logo, embora haja apenas uma verdade sobre cada propósito de Deus, o esclarecimento que Ele concede sobre tais propósitos são mutantes e muitas vezes contraditórios entre si e por isso é necessário corrigir, mudar o ponto de vista, de tempos em tempos.

Assim, se as TJ passam anos, décadas, crendo e ensinando uma certa crença (como sendo, a verdade, aquilo que a Bíblia realmente ensina) mas tal crença, na realidade, necessita ser mudada, o responsável por permitir que aquilo que não é "a verdade" seja ensinado como se verdade fosse, e isso, por períodos que podem ser muito longos, seria Quem?

Tal ensino das TJ nos faz chegar à conclusão que Jeová vê alguma vantagem, deve ter algum objetivo quando permite que pessoas ensinem, em seu Nome, algo que não é A VERDADE, algo que não tem real apoio Bíblico!

Isso fica ainda pior quando se lembra que todo os ensinos das TJ (sejam vigentes ou já abandonados) – recebem (ou já receberam) o título (retirado de Mt. 24:45) de:

 “alimento no tempo APROPRIADO

Acrescendo estes novos elementos, a conclusão a que se pode chegar é:

Certas porções de “alimento” outrora recebido (leia-se quaisquer crenças já abandonadas) não eram A VERDADE (final e definitiva) sobre tal crença, porém, funcionavam muito bem como “VERDADE APROPRIADA” DENTRO DE CERTO PERÍODO DE TEMPO (!).

Em resumo – Jeová mantêm aquilo que não é A VERDADE, como se verdade fosse nas mentes das TJ porque o conhecimento desta - não verdade -, durante certo período de tempo, é mais apropriada do que seria A VERDADE (com o perdão da redundância) VERDADEIRA, desde logo!

 Devemos lembrar também que há vezes onde:

- o novo entendimento revoga o entendimento anterior, que por sua vez, já havia revogado o entendimento que vigia antes dele e que:

- há vezes o novo entendimento sobre certa crença nada mais é que do que uma crença anterior já revogada, mas que ressurge com status de verdade atual (em outras palavras – o tempo volta a ser apropriado para que aquela “verdade revogada” volte a ser “verdade vigente”!

É espantosa a conclusão final:

Deus encontra (ao menos, temporariamente) vantagem e utilidade na MENTIRA e por isso – a transmite às TJ!

Sei que você irá discordar da conclusão acima, porém, a leia sob o ponto de vista da seguinte e lógica lição constante do Livro “Poderá Viver para Sempre...”: 

“Não pode haver duas verdades, quando uma não concorda com a outra. Ou uma ou a outra é verdadeira, mas não ambas. Crer sinceramente em alguma coisa e praticá-la não a torna certa, se realmente for errada”.
Cap. 3, p.32§19

Assim, se o novo entendimento nega o anterior, o entendimento anterior não pode continuar sendo encarado como verdade e se vier um terceiro entendimento que nega os dois anteriores, nenhum dos anteriores era, realmente, A VERDADE e assim, sucessivamente.

Caso você ainda não esteja convencido de que, implicitamente, as TJ ensinam que Jeová é o responsável por enviar entendimentos falsos sobre sua palavra às TJ (leia-se – ao Corpo Governante), aplique isso em um exemplo concreto e que, provavelmente, não vai mudar mais:

Retorno à questão de uma pirâmide do Egito ser a “Testemunha de Jeová” mencionada em Isaías 19:19, 20.

Antes de Russel surgir com o ensino de que aquela Pirâmide era uma Testemunha de Deus que revelava o plano de Deus para as eras, creio eu, o entendimento das TJ sobre as Pirâmides ou era desconhecido (não manifestado em nenhuma Sentinela) ou era igual o atual, isso é:

- *Pirâmides nada tem a ver com a adoração verdadeira

Vamos supor que esta era a realidade e vamos chamar tal *realidade de - Verdade A.
– Em certo momento Russell passou a ensinar que uma determinada Pirâmide Egípcia era a Testemunha de Jeová prevista no livro de Isaías. Vamos chamar este ensino de - Verdade B.

Em ordem cronológica crescente temos:

“Verdade A” Vigente – Surge a “Verdade B” (que revoga a “Verdade A”) – Ressurge a “Verdade A” (que revoga a “Verdade B”).

Pergunto:

Quando a “Verdade B” foi, efetivamente, A VERDADE? 

Mas se nunca foi verdade, porque a “Verdade B” foi pregada e ensinada como sendo – alimento no tempo apropriado, provido por Deus - aquilo que a Bíblia realmente ensina?

Caro TJ, se Deus teve alguma coisa a ver com este entendimento sobre a Pirâmide ser Sua Testemunha (entendimento que durou por cerca de 50 anos) então Deus entendeu que por este grande período de tempo esta – não verdade – era mais apropriada do que a - real Verdade -, portanto, Deus, por intermédio de seu canal de comunicação, tornou conhecida das TJ uma MENTIRA, mas que por ser conveniente naquele período, foi pregada e ensinada como sendo A VERDADE, aquilo que a Bíblia realmente ensina – alimento no tempo APROPRIADO – provido pelo único canal de comunicação que Deus usa!(?)

Mas porque Jeová fez assim?

(e como Jeová, certamente, nada tem a ver com isso, peço perdão a Ele por meramente cogitar que Ele pode ter sido o responsável).

- A questão que quero levantar é ampla, tem a ver com todas as mudanças de doutrina onde uma mentira substitui a outra ou

- uma verdade é substituída, temporária ou "eternamente", por por uma mentira.

Mas aqui vou me ater ao exemplo da Pirâmide:

Hoje, sobre a Pirâmide apontada por Russel como sendo uma “Testemunha de Jeová” e sobre qualquer outra Pirâmide, A VERDADE, AQUILO QUE A BÍBLICA REALMENTE ENSINA, CONFORME DEUS DÁ A CONHECER POR INTERMÉDIO DE SEU ÚNICO CANAL DE COMUNICAÇÃO) É: 

... as Testemunhas de Jeová abandonaram a idéia de que uma pirâmide egípcia tenha algo que ver com a adoração verdadeira.
Proclamadores cap. 14 p. 201

Se durante aproximados e longos 50 anos, à contrário sensu do afirmado acima, as TJ acreditavam que uma Pirâmide Egípcia tinha tudo a ver com a Adoração Verdadeira e assim criam porque foi Jeová quem, por intermédio de seu canal de comunicação, não apenas assim ensinou mas manteve tal ensino por cerca de 50 anos!

Agora relembre o que Jeová afirma, por intermédio do profeta Isaías:

10 Pois assim como desce dos céus a chuvada e a neve, e não volta àquele lugar, a menos que realmente sature a terra e a faça produzi r e brotar, e se dê de fato semente ao semeador e pão ao comedor,
11assim mostrará ser a minha palavra que sai da minha boca. Não voltará a mim sem resultados, mas certamente fará aquilo em que me agradei e terá êxito certo naquilo para que a enviei.
Cap. 55

Você se habilita a aplicar este texto de Isaías ao período onde o ensino sobre a Pirâmide estava vigente e a explicar como pôde o DEUS QUE NÃO PODE MENTIR (Tt. 1:2) ter se agradado e ter obtido êxito por intermédio de uma mentira (que levou as TJ a praticar - adoração falsa)?

Quem não é TJ tem grande dificuldade em entender e harmonizar tais coisas, por isso tenho que requerer ajuda das TJ para as quais, muito provavelmente, estes fatos se alinham perfeitamente e são facilmente explicáveis. (ou não?)

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Quer comentar? Quer discordar? Quer sugerir alguma melhora no texto? Quer indicar alguma necessária correção gramatical?

Escreva para mim -1tessalonicenses5.21@gmail.com (desde já - agradeço)